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Não se pode determinar por quanto tempo os profissionais universitários permanecerão em greve, já que isso está condicionado ao progresso das negociações entre o governo federal e os professores.

Na tarde de terça-feira, 23 de abril, ocorreu uma votação entre os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) para decidir sobre a adesão à greve. Com 82 votos a favor e 43 contra, ficou estabelecido que a UFT participará da greve.

Essa decisão faz parte do movimento nacional de professores, técnicos e outros servidores de universidades e institutos públicos federais, que demandam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas estabelecidas durante os governos Temer e Bolsonaro.

A reunião dos servidores teve início às 14h no campus de Palmas, onde os professores discutiram a situação e a votação ocorreu por volta das 18h.

Os professores têm até 72 horas após a votação para informar à reitoria sobre a decisão, permitindo que ela oficialize a adesão à greve. Enquanto isso, as aulas para os estudantes continuarão normalmente até que a paralisação seja confirmada.

Não há uma previsão de duração para a greve, já que isso dependerá do sucesso das negociações entre o governo federal e os professores em relação às suas reivindicações.

O presidente Lula, em uma coletiva com jornalistas, afirmou que o aumento e reajuste salarial para todas as categorias de servidores públicos ocorrerão, mas dentro das possibilidades do governo.

Em todo o país, a extensão da greve varia. Alguns locais têm todos os servidores em greve, enquanto em outros, apenas técnicos ou professores aderiram. Na UFT, os técnicos já haviam aderido ao movimento de paralisação, e agora os professores também estão em greve.

Veja abaixo um panorama da greve em todo o país:

Norte
Acre: servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac) estão em greve.
Amapá: servidores do Instituto Federal do Amapá (IFAP) e da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) aderiram à paralisação.
Pará: as federais do Pará (UFPA), do Oeste do Pará (Ufopa), Federal Rural da Amazônia (Ufra), e o Instituto Federal do Pará (IFPA) e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) também estão em greve.
Rondônia: a Universidade Federal de Rondônia (Unir) e o Instituto Federal de Rondônia também estão paralisados.
Tocantins: professores e técnicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e um campus do Instituto Federal do estado estão em greve.

Nordeste
Alagoas: tanto a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) quanto o Instituto Federal de Alagoas (IFAL) estão paralisados.
Bahia: 17 campi do Instituto Federal da Bahia também entraram em greve. Técnicos da Universidade Federal do Recôncavo Baiano também aderiram ao movimento.
Ceará: estão em greve a Universidade Federal do Ceará (UFC) Universidade Federal do Cariri (UFCA) Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira (Unilab) e o Instituto Federal do Ceará (IFCE).
Maranhão: técnicos e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) também aderiram à paralisação.
Paraíba: estão em greve os técnicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e professores e técnicos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
Pernambuco: a greve afeta pelo menos a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).
Piauí: dois campi do Instituto Federal do Piauí e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) Campus Teresina estão em greve.
Rio Grande do Norte: o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aderiram à paralisação.
Sergipe: estão paralisados o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Sul
Rio Grande do Sul: a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e três campi do Instituto Federal do RS estão paralisados.
Paraná: a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR) também estão em greve.
Santa Catarina: estão em greve servidores da Universidade Federal de SC (UFSC), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), do Instituto Federal Catarinense (IFC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)

Sudeste
Espírito Santo: tanto o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) quanto a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) estão em greve.
Minas Gerais: estão em greve a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cetef), quatro campi do Instituto Federal de Minas Gerais, quatro do IF do Sul de Minas e o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). A Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e a Universidade Federal de Lavras (Ufla) também aderiram.
Rio de Janeiro: os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) estão em greve; no Colégio Pedro II os professores estão em greve. Docentes e técnicos-administrativos do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) também aderiram.
São Paulo: seis campus do Instituto Federal de São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foram afetados pela paralisação dos servidores.

Centro-Oeste
Distrito Federal: a Universidade de Brasília (UnB) está paralisada.
Mato Grosso: 18 campi do Instituto Federal do Mato Grosso também aderiram à paralisação, assim como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Mato Grosso do Sul: o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) estão em greve.
Goiás: servidores administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal de Catalão (UFCat), e da Universidade Federal de Jataí (UFJ), e dois campi do Instituto Federal de Goiás também estão em greve.

Por Flávia Ferreira