Ossada de Clédio estava caída no chão da área externa da casa ao lado de uma mesa – Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O delegado Tibério Martins afirma que o policial militar Clédio Vilela Cardoso, cujo corpo foi encontrado após ter sido devorado por cães, residia sozinho em uma fazenda localizada em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal (DF). Segundo o delegado, Clédio Vilela Cardoso havia perdido seu filho em 2019 e estava enfrentando um período de luto.

“Após a perda de seu filho em 2019, os amigos relatam que ele não estava bem em termos de saúde mental. Ele residia sozinho em uma fazenda distante da cidade, isolada e de acesso difícil”, explicou Martins.

Clédio, de 50 anos, ingressou na Polícia Militar (PM) em 2000 e, de acordo com o delegado, estava atualmente na reserva. Sua última aparição foi relatada por uma vizinha em 8 de abril. A ossada dele foi descoberta no domingo (21) por amigos que notaram sua ausência nas missas da igreja.

Martins descreve que os restos mortais do policial militar estavam no chão do lado de fora da casa, próximos a uma mesa e uma cadeira. “Na mesa, havia um caderno onde ele estava fazendo algumas anotações e a chave do carro. Parece que ele sofreu um mal súbito e caiu da cadeira”, explicou.

O delegado também menciona que Clédio mantinha seis cachorros na propriedade e que estavam sem comida por pelo menos duas semanas. “É provável que os cachorros tenham consumido o corpo devido à fome”, afirmou. Martins ressalta que, até o momento, não foram encontrados indícios de que outra pessoa estivesse na casa.

“Os peritos vão examinar a ossada em busca de possíveis evidências de violência, a fim de determinar a causa da morte”, explicou.

Como nenhum objeto da residência desapareceu, o delegado sugere que Clédio provavelmente sofreu um mal súbito e faleceu. “Vamos conduzir uma investigação para descartar a possibilidade de envolvimento de terceiros na morte e, após o período de luto, iremos conversar com a família e amigos para obter informações sobre o histórico médico”, conclui o delegado.

Por Augusto Sobrinho